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Anatomia de um desaparecimento é um livro simples, mas com uma história interessante. Fiquei com a sensação de ter lido um livro sofisticado. Talvez por causa dos personagens. Não é um livro que deixa explícito mesmo falando o óbvio.  Foi super gostoso de ler. Tem um ritmo que atrai o leitor por ter capítulos e rápidos. Apesar disso não nos deixa com a sensação de estar faltando algo. Se falta, é intencional. 

Eu achei uma leitura incrível. Pensei poderia cair em uma verborragia sem fim, mas no fim a história de uma família conturbada mesmo que vista de um único ponto me conquistou. Ali no nono capítulo, em que o pai fala sobre a importância do tempo, foi onde tive certeza que estava lendo um livro maravilhoso. Fica a recomendação! 

Mais um livro que tenta retratar períodos históricos dando uma levíssima pincelada. Uma pena. O enredo é forte, mas não tem desenvolvimento. No final acaba sendo qualquer coisa. Uma tentativa de impactar que não gera o efeito desejado. O choque e a reflexão não chegam ao seu ápice porque não tem uma estrutura narrativa que garanta ao leitor a conexão necessária. O autor peca pela falta. 

O maior acerto deste livro de memórias foi o fato de Michelle Zauner não ter transformado a figura de sua mãe em uma pessoa perfeita e intocável. É uma leitura muito humana com as pessoas sendo exemplificadas com suas falhas e acertos. 

É um livro sobre o processo de amar e como ele não é linear e como os caminhos da vida vai nos transformando. Também é um livro sobre perda, sobre tristeza e luto. Têm suas passagens tristes, mas não acho que seja o que mais se destaca. Para mim, a relação do cuidado, do amor através do preparo da comida e da refeição é o ponto alto. 

É um livro leve, na medida do possível, e gostoso de ler. Zauner soube escancarar os sentimentos genuinamente por entre essas páginas. Com certeza, vale a leitura. O mergulho cultural é outro ponto incrível. Recomendo. 

Eu não gostei muito do traço e da forma como eram feitas as passagens entre os períodos narrados. No entanto, é uma graphic novel muito informativa. Algumas escolhas artísticas me impactaram bastante. 

Acredito que poucos de nós, “ocidentais” e pessoas que não sofreram com o seu poderio, sabemos sobre as “mulheres de conforto” e também da história do Japão imperialista. A imagem contemporânea do país nipônico é extremamente positiva e vinculada a outros acontecimentos ou características menos negativos. A repaginação do país é bem significativa. 

Enfim, a graphic novel é interessante e nos conta sobre um passado violento de forma potente. Apesar de não ter gostado de algumas coisas, deixo a recomendação porque acredito que o assunto é de extrema importância. 

A leitura foi bem fluida. No entanto, achei o começo bastante estranho. A autora decidiu mostrar muito de vários assuntos, mas não conseguiu conduzi-los com a profundidade necessária. O que é uma pena já que história tinha potencial. 

A sensação é que fiquei grande parte da leitura esperando algo se concretizar. Acontece tanta coisa, mas no fim não me conquistou. Fiquei esperando demais.

Segundo livro que leio de Pilar Quintana e pela segunda vez acho que falta algo que me conquiste. Talvez algo mais trabalhado. Não é ruim, só a narrativa que não me conquista. É tudo muito breve. 

A maioria dos contos é muito boa. A escrita é sensacional. Redondinha e perfeita. As palavras estão no lugar certo. O último conto é uma aula de escrita e um exemplo do porquê amo ler contos. Recomendo.